Olá menine, tudo bem? Dia de livros por aqui, e hoje vamos falar sobre um dos maiores clássicos da literatura de todos os tempos. Com cerca de 20 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo e mais de duzentos anos de existência, é difícil conhecer alguém que nunca ouviu falar de Orgulho e Preconceito.
Sobre Orgulho e Preconceito
O livro foi escrito por Jane Austen e concluído em 1797, porém sua primeira publicação foi em 1813. A um primeiro momento, o título seria Primeira Impressões, e após uma cautelosa revisão Jane mudou para Orgulho e Preconceito. Em 2003 foi classificado como o 2º lugar no UK’s Best-Loved Book, atrás apenas de O Senhor dos Anéis e em 2008 ficou em 1º lugar entre os australianos como o melhor livro escrito. Como um livro com mais de duzentos anos consegue ficar em posições melhores que livros atuais, com temáticas mais modernas e linguagem mais simples?
Orgulho e Preconceito se passa no século XIX em Hertforshire, zona rural da Inglaterra e conta a história de Elizabeth Bennet e sua família, com quatro irmãs. Todas são moças jovens e que naquela época, estavam em fase de “arrumarem um marido” e a trama toda gira em torno disso. A história começa quando Elizabeth é “rejeitada” para uma dança por Mr. Darcy, um cavalheiro discreto e reservado, que não se relaciona muito com os seus novos “vizinhos”. Após o ocorrido, um amigo diz a Elizabeth que foi tratado com animosidade por Darcy, e desde então ela passa a nutrir um sentimento de raiva por ele, sem saber que aos poucos Darcy passa a se interessar por ela. Ao mesmo tempo, Jane, sua irmã, sofre com a incerteza de ter sido ou não rejeitada por Mr. Bingley, que aparentemente a pediria em casamento, e repentinamente deixa a cidade. Bingley é amigo de Darcy, e então Elizabeth e Jane passam a acreditar que Darcy, e a irmã de Mr. Bingley, Caroline, sejam responsáveis pela desistência de Bingley. A partir daí, começa uma situação de antipatia entre as famílias Bennet e Bingley.
Minha Opinião Sobre Orgulho e Preconceito
O livro tem uma história muito interessante, e embora mostre a típica rivalidade entre famílias, o que é um pouco clichê nos romances, os diálogos são construídos com bastante realismo. É interessante também observar um preconceito que dura até os dias de hoje, o que de que uma pessoa que não tenha uma posição alta social e financeiramente em muitos casos é desvalorizada. Aquela velha história de que a “primeira impressão é a que fica” é levada muito a sério e se desenvolve ao longo da trama entre fofocas e conclusões precipitadas.
Mais um ponto alto, e que eu acredito que seja um dos motivos pelos quais este livro é tão vendido até hoje, é que ele retrata muito bem como eram os relacionamentos, a educação, a cultura e ideologia no século XIX, com aquela história de que os pais escolhiam com quem os filhos se casariam, jovens mulheres aos 16 anos de idade que já estavam na “idade para casar” enquanto aos 21 já estava “ficando para titia”. Culturalmente falando, Orgulho e Preconceito agrega muito ao leitor, além de trazer bastante conhecimento e também alívio por não estarmos mais naqueles dias!
Apesar de ser um livro muito antigo, a edição que eu li, da Editora Lafonte tem uma tradução bem atual então a leitura não é difícil como em muitos outros livros tão antigos. Só o que me incomodou foram alguns errinhos de grafia e pontuação, mas quando acontece dá para entender perfeitamente, não muda o contexto. O que eu achei ruim: a narrativa é um pouco bagunçada, são muitos personagens e os diálogos vão de um personagem a outro, um tema a outro muitas vezes como se não tivesse terminado o que estavam dizendo antes, em alguns momentos a leitura pode ficar um pouco confusa. Mas, independente do que eu acho que sejam os pontos negativos, a leitura é muito válida, enriquecedora e traz muita sabedoria.
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