DAKHMAS – Entrevista Com A Frontwoman Any Scarlet

Olá menine, tudo bem? Hoje tem playlist por aqui, e dessa vez se prepara porque é com uma banda de peso, trazendo novos ares para a cena metal brasileira, e com uma poderosíssima mulher como frontwoman. A playlist da vez é da banda de metal Dakhmas!
A banda Dakhmas é formada por Lucas Delgado (bateria), Any Scarlet (vocal), Andre Soares (baixo) e Hebberty Tauros (guitarra e backing vocal). Sua formação se deu em 2017, e em 2018 a vocalista Any entrou para a banda, ano também em que gravaram seu primeiro álbum, H.A.T.E. Em 2019, o primeiro videoclipe do Dakhmas foi lançado, o “The Grave Calls Our Names”.



 

O som do Dakhmas é pesadíssimo, e para a nossa satisfação, tem uma vocalista MULHER que manda muito bem no gutural, trazendo grande representatividade para a cena metal. Em uma entrevista super legal com a Any Scarlet, que você verá a seguir, ela nos conta mais sobre a banda, projetos, sobre a “sonzera” de peso dos caras e sobre como é ser front woman numa banda de metal.

Entrevista Com Any Scarlet

Kátia: Me conta um pouco sobre a história da banda, como surgiu? Esta é a formação original?
Any: Como a Banda surgiu sinceramente eu não tenho a menor ideia hahahhaha. A banda foi formada pelo  Hebberty, junto com o Lucas e o André. Antes da Dakhmas eles tinham outra banda juntos. Eu cantava em um cover de Arch Enemy com o Andre e o Hebberty, aí ele me convidou pra fazer um teste. Após o teste eu entrei pra banda, comecei fazer umas letras e juntamos ao instrumental. Você não sabe o inferno que foi encaixar as letras hahahha. Ainda bem q o Hebberty é um mito e ajudou nisso também. Eu entrei ano passado (2018) e eles estavam meio que parados depois do último vocalista uns anos atrás.
Kátia: E sobre o nome Dakhmas, o que significa?
Any: O nome da banda faz referência as torres do silencio usadas nos rituais digamos que “funerários” do zoroastrismo. Basicamente levavam os mortos pra lá, deixavam os animais (aves) comerem suas carnes, e os ossos jogavam em água corrente. Tudo isso sem tocar o solo, porque os corpos eram tidos como impuros.

Kátia: Quais são as principais influências para vocês? Quais são as bandas que vocês mais escutam?

Any: Eu ouço muito death metal, black metal sinfônico (metal sinfônico em geral na verdade), e acabei sendo influenciada pelos meninos a ouvir hardcore hahahhaa. A gente tem um gosto musical bem parecido, exceto por Fear Factory (brincadeira ahhaha). Ouvimos Carnifex, Job For A Cowboy, Death, Nervosa, Torture Squad, Deicide e por aí vai… Muita coisa mesmo! E claro, Arch Enemy… Afinal tudo começou aí

 

DAKHMAS - Entrevista Com A Frontwoman Any Scarlet

Kátia: Me fala um pouco sobre o processo criativo de vocês.

Any: O processo criativo do H.A.T.E foi meio que no susto. Eu peguei o bonde andando. Mas basicamente a gente se reúne, trocamos ideia, editamos o que já tem feito por um e depois com os instrumentais prontos pegamos as letras e vamos encaixando. Aí é a mesma coisa, alterando pra encaixar certinho no instrumental. O legal é ter essa troca de ideias e não temos muito problema nesse processo não.

 

Kátia: O álbum H.A.T.E. tem uma sonoridade bem linear, ou seja, vocês mantiveram a mesma pegada em todas as faixas, sem perder a criatividade. Como foi o processo criativo do álbum? E como foi pra vocês lançarem o primeiro álbum, ver a galera curtir, como foi esse momento?

Any: A ideia do álbum foi funcionar meio como uma história, começo, meio e fim. Então a sonoridade da mesma forma acompanha essa descrição da história. Pra mim foi uma surpresa a galera ter curtido tanto, eu sinceramente esperava menos. Sempre tem aquela coisa né, de você algumas vezes ser sabotado pela sua cabeça e acabar desacreditando daquilo que você faz. Até pensei que ia ouvir muito “ah, só instrumental presta” hahaha ainda bem q não foi assim!

 

DAKHMAS - Entrevista Com A Frontwoman Any Scarlet
Arte de capa espetacular do álbum H.A.T.E.

 

Kátia: Como é ser frontwoman, ou seja, como é ter essa experiência numa banda de metal?
Any: Ser uma frontwoman pra mim foi uma coisa nova, foi um processo lento, mas bem interessante. A cada show eu me soltava um pouquinho, sempre ouvia isso inclusive, demorou alguns meses pra eu conseguir cantar da forma que eu canto hoje, tipo, me sentindo à vontade em um palco. Anteriormente eu tocava guitarra então estava acostumada a conseguir me esconder. No primeiro show eu parecia um pinscher de tanto que eu tremia hahahah. Já na parte de me comunicar com o público eu ainda tenho muito a melhorar, as vezes eu travo. Mas foi a melhor coisa que eu resolvi fazer na minha vida.
Kátia: Você faz vocal gutural, como é ser uma mulher, numa banda de metal que canta gutural? Alguma vez você passou por alguma situação machista?
Any: Ser uma mulher que canta gutural em uma banda ser metal pra mim é algo natural. Acho que isso se deve as minas que chegaram antes de mim e abriram esse espaço! Em todo esse tempo que eu estou cantando eu não tive muitos problemas. Na banda anterior (que eu nem faço questão de citar) houve uma situação do tipo, foi aí que eu tomei a decisão de sair e começar a cantar. Ainda bem que eu conheci pessoas incríveis para seguir nessa caminhada e a história não se repetiu.
Kátia: E qual é a importância de ter uma vocalista mulher, que faz vocal gutural, numa banda de metal nacional? Você acredita que isso contribui pra “abrir a mente” dos ouvintes de metal?
Any: Eu acho importante ter essa representatividade, muitas meninas novas começam graças a alguma outra mina em que se espelha. Se eu não tivesse parado para ouvir a Ângela Gossow cantando, talvez eu não estaria fazendo o mesmo. Sobre abrir a mente, eu acredito que depende de muitos fatores. Tem pessoas que vêem uma mulher no palco cantando aquele estilo que ele curte, para pra ouvir o que ela tem a dizer e muda. Enquanto outras pessoas simplesmente tem a cabeça fechada demais pra sair daquele mundinho em que vivem.
Kátia: Como anda o cenário musical para o metal no Brasil?
Any: Eu tô vendo o cenário atual evoluindo a cada dia. Essa história de que a cena tá morrendo é balela de quem não vai nos roles, tem muita banda fod*!
Kátia: Como vocês definem a Dakhmas?
Any: Kkkkkkkkkkkkkkkkk metal pra quem usa coturno!
Kátia: Quais são os projetos da banda para o ano de 2020?

Any: A gente vai lançar outro CD! Começamos a gravar em janeiro/fevereiro. E já tem alguns shows confirmados!

 

Kátia: Manda um recado para o pessoal que está lendo, os fãs e leitores do blog!
Any: Pra quem tá lendo, curtam a nossa page, cole nos shows pra tomar um Corote comigo e obrigada a quem conseguiu ler até o final hahaha!
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E agora, toca essa playlist aí e já segue os caras em todas as redes sociais!
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YouTube: DAKHMAS

 

E se liga nos próximos shows que vão rolar aqui em Sampa ainda este ano!

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  Quem sou eu?
Criadora do DMF, publicitária, modelo, vegetariana, apaixonada por moda sem regras, beleza sem crueldade, livros e música. Criei o blog DMF em 2016 pra compartilhar algumas ideias, e de lá pra cá aprendi muito e me apaixono cada vez mais pelo que faço! Me siga no Instagram @katiamalagodi pra acompanhar mais dicas e conhecer um pouco da minha rotina sem rotina, e siga o @docemaldadefeminina também pra acompanhar dicas exclusivas do Insta! Te encontro por lá!
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