Olá menine, tudo bem? Domingo pede aquela dica especial de filme, e hoje trouxe aqui uma super dica que superou minhas expectativas. O filme The Boys In The Band, lançado recentemente na Netflix, que com seus diálogos explosivos consegue fazer duas horas de filme, com um elenco reduzido e um único cenário, passarem voando.
O filme The Boys In The Band é uma adaptação da peça de Mart Crowley, estreada na Broadway em 1968, que mais tarde, em 1970, teve sua primeira adaptação ao cinema pelo diretor William Friedkin. Com um elenco espetacular, a adaptação produzida pelo Netflix traz Jim Parsons como Michael, Zachary Quinto como Harold, Matt Bomer como Donald, Andrew Rannells como Larry, Charlie Carver como Cowboy, Robin de Jesús como Emory, Brian Hutchison como Alan, Michael Benjamin Washington como Bernard e Tuc Watkins como Hank, um elenco inteiro composto por atores assumidamente homossexuais, o que deveria ser normal a ponto de não ser preciso ressaltar, mas infelizmente ainda nos dias de hoje, homossexualidade no cinema é tratada como tabu e muitos artistas se “escondem”, então a escolha a dedo do elenco também se torna um ato de representatividade.
Sinopse “The Boys In The Band”
The Boys In The Band se passa, inteiramente, dentro do apartamento de Michael, que receberá os amigos para a festa de aniversário de 32 anos de Harold, que é o último a chegar. Na mesma tarde dos preparativos da festa, Michael recebe uma ligação de Alan, um amigo da universidade, que chorando, pede para fazer uma visita a Michael naquela noite. Michael hesita, diz que vai receber amigos e não vai poder dar atenção a ele, então eles combinam de almoçar no dia seguinte. Mas, para a surpresa de todos, Alan aparece na festa, mesmo após dizer que não iria mais. O grande problema é que Alan é heterossexual, e acredita que Michael também seja – pelo menos é o que Michael pensa. Naquela época, final da década de 60, obviamente o preconceito era muito maior, e muitos passavam a vida escondendo sua sexualidade (muito mais do que nos dias de hoje), como era o caso de Michael.
Com a chegada de Alan, cria-se uma atmosfera de tensão entre os amigos: a começar pelo fato de que Michael tenta, a todo momento, justificar e disfarçar o jeito, as palavras e conversas dele e de seus amigos. A partir daí, todas as mágoas, ressentimentos, segredos, disputas de ego e assuntos mal resolvidos do passado começam a emergir, transformando o que era para ser uma festa num verdadeiro fracasso e lavação de roupa suja.
Resenha “The Boys In The Band”
Primeiramente, ao falar sobre este filme preciso ressaltar que: 1- é MUITO difícil eu assistir um filme inteiro sem dormir; 2- é MUITO difícil eu gostar de um filme com diálogos longos. E eu amei. É incrível como os diálogos conseguem não só prender o espectador, como criar aquela expectativa de réplica-tréplica entre os personagens. Conforme todos vão expondo suas feridas, uma parte obscura da comunidade gay começa a aparecer: a falta de apoio entre os próprios amigos, competitividade, infidelidade, e a discriminação para com os “gays efeminados”. Com essa “guerra” que começa entre amigos, é impossível para o espectador não entrar no clima de tensão, e se questionar como pode uma festa terminar de tal forma, e como podem existir “amizades” tão ressentidas. Além de tudo, os diálogos trazem reflexões e questionamentos que se encaixam na nossa própria vida.
Com atuações espetaculares, um cenário muito bem pensado para compor o clima de desconstrução, e um trabalho de fotografia impecável que favorece o contexto melancólico dos personagens, The Boys In The Band não pode ficar de fora da sua lista!
Duração: 2h2min
Classificação Etária: 16
Direção: Joe Mantello
Roteiro: Mart Crowley, Ned Martel
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Quem sou eu?
Criadora do DMF, publicitária, modelo, vegetariana, apaixonada por moda sem regras, beleza sem crueldade, livros e música. Criei o blog DMF em 2016 pra compartilhar algumas ideias, e de lá pra cá aprendi muito e me apaixono cada vez mais pelo que faço! Me siga no Instagram @katiamalagodi pra acompanhar mais dicas e conhecer um pouco da minha rotina sem rotina, e siga o @docemaldadefeminina também pra acompanhar dicas exclusivas do Insta! Te encontro por lá!
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