Dica de série: Feel Good, da Netflix

Mae e George em cena de Feel Good. Foto: Reprodução Netflix.
 Olá menines, tudo bem? Final de semana chegou, e claro, nada melhor do que aproveitar para descansar e curtir a sessão pipoca (já que, como vocês sabem, o melhor é #ficaremcasa). Então hoje tem dica de série por aqui, e vou falar um pouco sobre Feel Good, minissérie com duas temporadas na Netflix, que fala sobre alguns assuntos polêmicos mas de uma forma bem leve.

Sinopse de Feel Good

Mae (Mae Martin) é uma jovem canadense que mora em Londres, apresentadora de stand up e dependente química. Após uma de suas apresentações, ela conhece George (Charlotte Ritchie), com quem imediatamente tem uma atração muito forte, e as duas em pouco tempo começam a namorar e morar juntas. Tudo parece ir muito bem, as duas se dão super bem e estão super apaixonadas, mas isso somente enquanto isoladas do “resto do mundo”. Mae não conhece a família e nem os amigos de George, o que a partir de um certo ponto do relacionamento, passa a ser um problema: George não consegue assumir sua sexualidade. Ao mesmo tempo, Mae se vê novamente sobre pressão, quando vê colegas de trabalho usando drogas, colocando em risco sua reabilitação.

Resenha de Feel Good

Não é só sobre dependência química e sair do armário que a série fala: é preciso se atentar às relações, principalmente familiares, para que somente assim, o roteiro faça perfeito sentido. A família de Mae mora no Canadá, e seu relacionamento com sua mãe (Lisa Kudrow) não é nada saudável: um afastamento afetivo entre as duas e diálogos nada amistosos que levam a questionar, se a raiz de tudo não está lá: seria a mãe de Mae dura demais com a filha por causa do uso de drogas, ou seria a filha dependente química por causa do tratamento duro demais por parte da mãe?
Além disso, ao decorrer dos episódios, percebemos uma dependência emocional muito grande de Mae por George: tudo gira em torno do relacionamento estar perfeito, como se George fosse o centro de sua vida, o que leva Mae a se sacrificar e ceder em todas as situações para manter George satisfeita. Novamente: seria essa dependência um claro sinal de abandono parental?
Malcom (Adrian Lukis) e Linda (Lisa Kudrow). Foto: Reprodução Netflix.
Longe de mim fazer aqui algum tipo de psicanálise dos personagens, primeiramente porque não tenho sequer conhecimento para isso, mas é importante criar esse debate acerca desses aspectos da série, que podem passar despercebidos em meio ao turbilhão de acontecimentos que nos chamam mais atenção, e talvez a origem de tudo esteja nesta relação familiar.
Outro fator que pode contribuir para que Mae se sinta muito dependente de seu relacionamento, é o fato de estar longe da família e amigos, em um país distante, onde ela sequer sabe onde estaria morando se não estivesse na casa de George. Além disso, o fato de não ter amigos verdadeiros em Londres a coloca em uma situação de solidão nos momentos em que não tem George por perto. É muito interessante que a série traga esse debate acerca da dependência emocional, nos dias atuais, quando estamos falando tanto em quebrar padrões e não aceitarmos relacionamentos que não sejam saudáveis unicamente para termos um relacionamento. E no atual momento de pandemia, quando estamos isolados e com a vida social em stand by, a carência afetiva pode se instalar em um piscar de olhos, pois é normal que tenhamos a sensação de estarmos sozinhos.
A série é cativante e muito leve de assistir, mesmo abordando assuntos mais “densos”, e com poucos episódios, é possível assistir tudo num dia só. Vale a pena para quem está procurando algo gostoso de assistir para se distrair e relaxar, e ainda traz reflexões interessantes.

Informações:

Temporadas: 2 temporadas
Episódios: 12 episódios de cerca de 28 minutos
Classificação Etária: 16 anos
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Quem sou eu?

 

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