A volta do Indie Sleaze

Olá menine, tudo bem? Bora hoje falar de tendência e de aesthetic, porque o indie sleaze voltou! Assim como muitas tendências dos anos 2000, o indie sleaze também vem ganhando espaço na moda, começando pelo visual dos jovens e marcando presença nas passarelas das marcas mais renomadas. Mas, como tudo na moda – e na vida – o retorno dessa estética tem seus pontos positivos e negativos, levantando discussões acerca do que ele representa.

Indie Sleaze Raiz

A estética indie sleaze foi muito marcante nos anos 2000, com o “boom” das subvertentes de rock no cenário musical e da moda, como o grunge que havia marcado os anos anteriores, o indie rock, as bandas de pop punk, entre outros estilos. A modelo Kate Moss e as gêmeas Olsen são ícones desse estilo, que trazia um visual rock and roll com uma pegada mais “desleixada”. Foi a época dos jeans super velhos e detonados, as camisetas “podrinhas”, muitas botas desgastadas, muito couro fake, tachinhas, meias arrastão e meia-calça desfiada, lápis preto e borrado nos olhos, maquiagem mais pálida e cabelos desarrumados. Mais uma estética com elementos que a gente já viu em muitos outros estilos – mas esse estilo reflete mais do que um gosto estético.

What’s wrong, indie sleaze?

O que há de errado, indie sleaze? Essa estética mais desleixada veio em decorrência de uma época em que o uso de dr0gas – lícitas e ilícitas – era “romantizado” como algo sexy ou descolado. Os padrões de beleza cobravam por silhuetas extremamente magras, rostos muito magros e marcados e pele exageradamente pálida – basta olharmos para a própria Kate Moss, magérrima e quase sempre com seu cigarro. Ou seja: uma fase da moda que reflete hábitos e estilos de vida nada saudáveis. Daí surge a problemática e o questionamento: estamos reproduzindo somente um gosto estético, ou esse retorno traz de volta um estilo de vida que já havíamos dado como acabado por não ser nada bom? Bem, há quem goste do visual, e até aí tudo bem, mas uma coisa é fato: basta olharmos para as passarelas que veremos modelos cada vez mais magras (de novo) porque esse padrão da magreza extrema e dos rostos marcados está de volta – palavra de uma modelo que sabe de pertinho o que vem acontecendo na moda.

O Come Back

Antigamente, quem dizia o que seria moda nas temporadas eram as marcas, que criavam e apresentavam suas coleções para serem consumidas pelo público. Hoje, com a força das redes sociais, acontece o caminho inverso: quem dita a moda são os jovens, é o público quem cria tendências, e as marcas, observando o comportamento do mercado, traz o que os consumidores estão usando e procurando. A volta do Y2K para a moda não se dá somente pelo ciclo de vai e vem que acontece em todas as tendências, mas também porque os jovens de hoje, numa forma de buscar um consumo mais sustentável, mais consciente, e também por questões financeiras, passaram a consumir muito mais nos mercados de segunda mão – os famosos brechós! – e quais são as roupas que eles encontram lá? Anos 2000. Observando esse comportamento, grandes marcas não só ressuscitaram muitas das tendências da época, como resolveram trazer em peso a estética indie sleaze, com uma cara nova, claro, como é o caso da Versace.

E como podemos trazer o indie sleaze sem essa cara desleixada?

Claro que essa estética também tem muita coisa interessante pra oferecer. Eu particularmente, AMO as estéticas rock and roll (já tem conteúdos aqui no site sobre elas) mas com o indie sleaze fico um pouco incomodada, porque não é totalmente controvérsia, como o punk, não é propositalmente despojada, como o grunge, não é bem pensada como o rockabilly, ou seja, ela simplesmente parece ter saído MESMO de uma festa destruída pelo clichê “sexo, dr0gas e rock and roll”, com seus saltos mal cuidados e roupas que parecem nunca terem visto uma máquina de lavar. MAAAAAS, passando por cima do meu gosto e percepção pessoais, tem muitos elementos do indie sleaze que são super legais – quando bem usados – e que a gente pode sim trazer para os nossos lookinhos com muito estilo.

Com muitos elementos do estilo dramático urbano, o indie sleaze traz texturas diferentes: mix de estampas, couro fake, vinil, rendas, transparência e metalizados, que elevam qualquer look. As minissaias, jaquetas biker, ankle boots, t-shirts, jaquetas mais pesadas, vestidos curtos, botas até os joelhos, tudo isso também faz parte desse estilo, e são itens mais básicos, que muita gente já tem em casa. As botas, scarpins e sandálias de plataformas, que são tendência para esta temporada, também ajudam a compor este estilo, dando um toque mais fashion ao visual.

Calças de couro fake e vinil são itens que roubam a cena quando falamos em qualquer estética inspirada no rock and roll, e quando falamos em indie sleaze, elas vem combinadas a t-shirts de banda, camisas de flanela xadrez, jaquetas e camisas jeans, jaquetas de couro fake… ou seja: um item super versátil que é quase um clássico para todos os estilos, desde o mais descontraído até o mais chique. Coturnos que também já deixaram de ser tendência e se tornaram um básico, são o modelo de botas mais usado dentro dessa estética, e claro, já mostraram que também servem a todos os estilos.

Acessórios como cintos de tachinhas e fivelas grandes, correntes, várias pulseiras ao mesmo tempo, meias de todos os tipos e bolsas mais despojadas também entram no indie sleaze pra fechar as composições.

Agora eu quero saber de você: o que você acha do indie sleaze? Você curte essa estética? Ou não usaria? Me conta aqui nos comentários!

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Quem sou eu?
Oi! Eu sou Kátia Malagodi, criadora do DMF, publicitária, modelo, vegana, apaixonada por moda sem regras, beleza sem crueldade, livros e música. Criei o DMF em 2016 pra compartilhar algumas ideias, e de lá pra cá aprendi muito e me apaixono cada vez mais pelo que faço! Me siga no Instagram @katiamalagodi pra acompanhar mais dicas e conhecer um pouco da minha rotina sem rotina, e siga o @docemaldadefeminina também pra acompanhar dicas exclusivas do Insta! Te encontro por lá!
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