Moda Consciente X Moda Sustentável: 8 Mudanças Que Você Pode Fazer Para Uma Moda Consciente

moda consciente X moda sustentável

Olá menines, tudo bem? Hoje vamos falar sobre dois temas dentro da moda que estão ganhando cada vez mais espaço – e que são cada vez mais necessários – que são a moda sustentável e a moda consciente. Podem parecer a mesma coisa, mas na verdade um depende do outro, e existem formas diferentes de aplicar no nosso dia-a-dia.

 

O Que É Moda Sustentável?

O conceito de moda sustentável está ligado à produção e consumo de moda que não sejam nocivos ao meio-ambiente. Ou seja: que não polui, que utiliza recursos naturais no seu processo de produção, que não explora mão de obra de maneira abusiva, que não explora animais, não prejudica os ecossistemas, ou seja, que respeite e  não cause danos ao meio-ambiente ou às pessoas envolvidas no processo.
A moda sustentável tem, normalmente, uma cara diferente da moda comercial: os tecidos são naturais e orgânicos, os processos de tingimento são naturais para não prejudicar o meio-ambiente, portanto, pode ser mais difícil encontrar todas as cores que encontramos em peças de moda comercial. Os processos de produção podem ser mais lentos e exigem mais atenção. Além disso, é importante salientar que, as artesãs que trabalham para marcas que têm como prioridade a sustentabilidade, normalmente recebem um valor mais justo por seu trabalho.

Moda Sustentável X Moda Consciente

Para optar pela moda sustentável é preciso que você seja um consumidor de moda consciente, mas nem todo consumidor consciente consegue optar pela moda sustentável. Isso porque os processos de produção, a baixa demanda do mercado e uma remuneração justa para as peças que estão sendo criadas podem, muitas vezes, fazer com que as peças cheguem com um valor maior ao seu consumidor final. E como estamos no Brasil, é importante lembrar que poucas pessoas podem pagar R$500,00 num maiô (como eu mesma já vi em uma das edições do Brasil Eco Fashion Week). E a culpa não é das marcas: com uma demanda baixa, altos custos de produção e remuneração mais justa, fica difícil se igualar aos preços do comércio popular, pois a marca precisa se manter ativa. Até que a moda sustentável se torne uma grande realidade e ganhe seu espaço no mercado para conseguir competir com marcas populares, a realidade vai continuar sendo, em muitos casos, de preços maiores.
É aí que entra nosso consumo consciente: é importante saber de quem estamos consumindo, que tipos de tecidos usamos (alguns tecidos sintéticos, por exemplo, liberam uma quantidade absurda de microplásticos a cada lavagem; uma calça jeans para ser produzida pode gastar até dez mil litros de água) e voltar nossa atenção ao que nós compramos e com que frequência compramos (clique aqui para ler mais em “Hábitos de Consumo”).

Como Mudar Hábitos Para Um Consumo Consciente?

Até que o consumo de moda sustentável seja uma realidade entre maior parte dos consumidores e consiga chegar a todas as classes (sonho meu, mas vamos lá), nós podemos colocar em prática alguns hábitos simples que já farão diferença, e é sempre importante lembrar: nossa parte pode parecer pequena, mas se todo mundo fizer a sua parte, faz toda a diferença! Então comece por você. Aqui vão algumas dicas para repensar o consumo e aplicar no seu dia-a-dia. E sejamos francos: com a pandemia todo o nosso consumo teve de ser repensado, então hoje é mais fácil sermos conscientes com as nossas compras.
  • Antes de uma compra pense: você realmente precisa daquilo? Onde você vai usar? Com que frequência? Você realmente não tem nenhuma bota que se pareça com essa? Quantas combinações você vai conseguir fazer com essa peça nova? Acredite, esses questionamentos já me fizeram perder a vontade, por muitas vezes, de comprar coisas que provavelmente eu nem conseguiria usar muito.
  • Sempre que possível pesquise sobre a marca que você está pensando em comprar: tanto para saber sobre os valores da marca, se a marca tem essa preocupação de uma produção mais consciente, quanto para saber se a marca já se envolveu em algum problema, processo, algum escândalo, se usa de mão de obra exploratória…
  • Dê preferência a qualidade ao invés de quantidade: a moda é cíclica, e com uma peça que tem qualidade você vai ter muito mais proveito do que uma peça do fast fashion que é criada para fazer o mercado girar, e desta forma, não vai ter boa durabilidade, porque a intenção é que daqui a três, seis meses, você compre outra e deixe de usar aquela. Com isso gasta-se recursos naturais, gera mais poluição desnecessária do meio-ambiente e você acaba gastando seu dinheiro com coisas que não valem a pena.
  • Pesquise em brechós – muita gente super estilosa que eu conheço, muitos artistas, fashionistas, adoram um brechó! E com toda razão: são peças únicas, muitas que não encontraremos iguais em nenhum outro lugar e com preços mais baixos. Além disso, comprando no brechó, todo aquele processo de produção e transporte que seria poluente ao meio-ambiente não vai existir, porque a peça já foi produzida.
  • Dê preferência a tecidos naturais, como por exemplo o algodão, e que não sejam de origem animal (como a seda e o couro – aliás, couro não é tecido, mas infelizmente ainda não se perdeu esse péssimo costume de vestir peles de animais).
  • Entenda o que você gosta de vestir, o que faz seu estilo, o que funciona para a sua rotina, o que você se sente bem vestindo. Comprar algo só porque acha bonito, mas que não se encaixa no seu estilo, que não se encaixa na sua rotina e que você veste e não se identifica, não é bom nem para o meio-ambiente e nem para o seu bolso.
  • Os básicos são tudo de bom – e não quero dizer que você deva se vestir de básicos pra sempre, nem o meu closet é assim (muito pelo contrário), mas as peças básicas são as que você vai usar mais e vão te possibilitar fazer um maior número de combinações. Então aquele jeans básico de lavagem clássica você vai usar no escritório com blazer, vai usar no lazer com tênis, vai usar na noite com salto, e vai ter muito mais proveito do que um jeans todo rasgado (que eu amo, inclusive) ou cheio de bordados.
  • Por último mas não menos importante: é primordial nos lembrarmos sempre que uma roupa é apenas uma roupa, um sapato é apenas um sapato, uma bolsa é apenas uma bolsa. Nada disso determina o nosso valor. Nosso estilo pode dizer muito da nossa personalidade, mas exceto pela sua função básica, que é nos vestir, uma roupa, um sapato ou uma bolsa não devem ser prioridade.
Até que uma moda sustentável esteja ao alcance de todos, nós podemos com esses pequenos hábitos mudar a nossa relação com a compra e com isso fazer um consumo mais consciente, inteligente e mais limpo. Nós que temos o privilégio da informação somos os maiores responsáveis por fazer um mundo melhor, então vamos colocar em prática o que já sabemos!
E me conta: você já tem algum desses hábitos descritos acima? Qual é a sua dica para um consumo mais consciente?
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 Quem sou eu?
Oi! Eu sou Kátia Malagodi, criadora do DMF, publicitária, modelo, vegetariana, apaixonada por moda sem regras, beleza sem crueldade, livros e música. Criei o blog DMF em 2016 pra compartilhar algumas ideias, e de lá pra cá aprendi muito e me apaixono cada vez mais pelo que faço! Me siga no Instagram @katiamalagodi pra acompanhar mais dicas e conhecer um pouco da minha rotina sem rotina, e siga o @docemaldadefeminina também pra acompanhar dicas exclusivas do Insta! Te encontro por lá!
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