Maid, da Netflix: o que faz da série tão envolvente?

resenha de Maid da Netflix

Olá menine, tudo bem? Hoje vamos de dica de minissérie, mas já te adianto: prepare os lencinhos porque o babado é fortíssimo. Maid, estrelada por Margaret Qualley (Alex), teve sua estréia na Netflix há cerca de duas semanas e, logo nos primeiros dias, já gerou aquele burburinho. Colocando o dedo na ferida, Maid é um retrato absoluto dos padrões de um relacionamento abusivo, que vão além do relacionamento.

Alex tem uma filha com Sean (Nick Robinson), Maddy, e o relacionamento dos dois anda de mal a pior. Alcóolatra, Sean passa a ser cada vez mais agressivo e passivo-agressivo com Alex: controla o dinheiro dela, o telefone celular, e tudo o mais que ela faz. Até que em um momento, Sean dispara, dentro de casa, um objeto contra a parede por trás de Alex. Neste momento, ela decide que precisa ir embora com Maddy, pois ficar no mesmo ambiente que Sean é perigoso para as duas. Sem emprego, sem experiência ou nenhuma especialização, Alex procura ajuda com a assistência social, que a encaminha para um abrigo e a direciona para o trabalho de faxineira – cuja remuneração é absurdamente baixa. A partir daí, Alex começa, muito aos poucos, a reconstruir sua vida. Porém as coisas não vão ser nada fáceis.

Relacionamentos abusivos e padrões de comportamento

Para muitos, Maid se tornou uma série inspiradora e Alex um símbolo de força, perseverança garra, e por aí vai. Mas ainda mais interessante na minissérie é prestar atenção aos padrões que se repetem em um relacionamento abusivo. Alex foi “criada” por pais totalmente desequilibrados: uma mãe completamente irresponsável, e um pai distante e, veja só, alcoólatra. Não é preciso avançar muitos capítulos para compreender os padrões que vão se repetindo – pai de Alex era alcoólatra, ela se relacionou com um homem alcoólatra. A mãe de Sean era alcoólatra e agressiva, ele se tornou um homem alcoólatra e agressivo.
Para Alex, que durante sua vida inteira viveu o abandono, aquele padrão é o amor, e por isso, acredita que não existem ou que ela não mereça um relacionamento que não seja disfuncional. Para quem vive um relacionamento abusivo, todo relacionamento que parecer melhor do que isso, assusta, porque parece irreal. Desse modo, a pessoa que tenta quebrar o ciclo acaba muitas vezes voltando pra ele.
 

Nem tudo está perdido

Para quem vive um relacionamento abusivo a situação parece não ter fim, mas Maid mostra não só que tem fim, mas também, que compreendendo os padrões, fica mais fácil sair do ciclo (e vamos de terapia, autoconhecimento e aceitação). Mais do que uma lição de vida, de superação, de força, Maid deixa uma lição do quão importante é o autoconhecimento para o nosso processo de amadurecimento e amor-próprio.

Curiosidades sobre Maid:

As atrizes Margaret Qualley (Alex) e Andie MacDowell (Paula) são mãe e filha na vida real, e o relacionamento das duas é muito diferente do que o relacionamento entre Alex e Paula (ufa, ainda bem!), e Maid é baseada em uma história real, do livro da autora Stephanie Land.
Informações:
Temporadas: 1
Episódios: dez episódios de cerca de uma hora
Classificaçãoetária: 16 anos

Quem sou eu?

Oi! Eu sou Kátia Malagodi, criadora do DMF, publicitária, modelo, vegetariana, apaixonada por moda sem regras, beleza sem crueldade, livros e música. Criei o blog DMF em 2016 pra compartilhar algumas ideias, e de lá pra cá aprendi muito e me apaixono cada vez mais pelo que faço! Me siga no Instagram @katiamalagodi pra acompanhar mais dicas e conhecer um pouco da minha rotina sem rotina, e siga o @docemaldadefeminina também pra acompanhar dicas exclusivas do Insta! Te encontro por lá!

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