A Sexualização Precoce No Discurso de “Empoderamento” Feminino

Olá menine, tudo bem? Hoje vamos falar sobre um assunto importantíssimo e que precisa muito ser debatido para não restar dúvidas. Como tudo na vida que “muda”, muitas coisas acabam perdendo o seu verdadeiro propósito quando são tratadas de forma equivocada. Falando em feminismo, muito aconteceu em toda a sua história até os dias atuais, e claro, alguns contextos acabam sendo distorcidos. É o que acontece com o discurso de “empoderamento” na linguagem corporal, ou melhor dizendo, exposição corporal e até sexualização da mulher. E o que é mais preocupante: adolescentes que, tanto não compreendem o verdadeiro significado do feminismo, como não compreendem as consequências do comportamento e da exposição sexualizada em redes sociais, acabam praticando algo que se torna extremamente perigoso.
Recentemente, uma adolescente de 16 anos de idade postou nas suas redes sociais vídeos dançando, exibindo o corpo de maneira completamente sensualizada, apoiando-se no discurso de “empoderamento”. Por ser famosa, o vídeo teve um alcance imenso, gerando polêmica e muitas críticas. As meninas – e muitas mulheres também – confundem a liberdade que o feminismo procura nos trazer com a exposição exagerada. E para uma adolescente esse pensamento equivocado traz riscos que precisam ser evitados: na internet não sabemos quem de fato está do outro lado, e para um pedófilo, uma criança que expõe o corpo está teoricamente em situação vulnerável e muito provavelmente sem supervisão dos pais.

O que o feminismo realmente quer?

O feminismo busca assegurar o direito de a mulher se vestir e se comportar como ela bem entender sem ser julgada ou correr riscos por isso, mas sabemos que na prática não é assim que funciona. Mulheres são estupradas independentemente da roupa que vestem, e quando isso acontece, são julgadas como erradas mesmo sendo vítimas. E apesar de o feminismo buscar a liberdade, o respeito e a igualdade entre os gêneros, e dar total liberdade para uma mulher se mostrar como se sentir à vontade, o ato da exposição sexualizada não é um ato feminista. É um direito que o feminismo traz.
Agora, falando em relação a adolescentes, não só elas não compreendem o real significado do feminismo, os riscos de uma exposição sexualizada para uma menor de idade, e pior ainda, na internet onde não dá para controlar o alcance do que é publicado, como não entendem que o “empoderamento”, a AUTO-ESTIMA, NADA TEM A VER COM SEXUALIZAÇÃO OU APARÊNCIA FÍSICA.
Aceitação, auto-estima e poder feminino estão muito mais ligados a questões políticas, sociais, econômicas e pessoais. Auto-estima tem muito mais a ver com: 1- se conhecer; 2- se aceitar, com vícios e virtudes; 3- entender que nosso valor vai além de coisas superficiais. E claro, para uma adolescente aos 16 anos de idade compreender tudo isso é mais difícil, afinal, há coisas que só aprendemos com a vida. Porém, nós como mulheres adultas, sejamos irmãs, tias, mães, madrastas, influencers, ou qualquer outra posição que ocupemos, temos que tratar de assuntos de feminismo, auto-estima, aceitação e poder feminino com clareza, prestando atenção ao comportamento das nossas garotas, corrigindo e conversando quando necessário. E claro, se você que está lendo agora é um homem tudo isso serve para você também. É nosso dever proteger nossas crianças e ensinar o correto.
As redes sociais funcionam na maioria das vezes como um “telefone sem fio”, portanto, devemos nos manter atentos ao que os jovens dão atenção, compartilham, os pensamentos a que se identificam e comportamentos que reproduzem. E agora se me permite expor uma opinião particular, um adolescente menor de idade não deveria ter acesso a redes sociais sem supervisão dos pais, porque você pode saber quem é seu filho, quais são as intenções dele, mas quem está do outro lado, nós não sabemos.
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